O título é auto explicativo.
Após outra discussão com meus pais sobre 'o futuro' eu me esqueci com quem falava e soltei um: "Mas eu queria me focar mesmo em fotografia porque é o que eu mais quero pra minha vida". Grande vacilo. Logo em seguida eu ouvi coias como: 'você tem que pensar no teu futuro e na tua família', 'tu ganhaste na loteria pra viver sem fazer nada?', 'o mercado é difícil e não dá dinheiro' e por aí vai...
Ainda não entendi isso. A escola nos incentiva (em teoria) a seguirmos nossa vocação, mas deixa subentendido que devemos ser atentos ao mercado de trabalho e procurar uma profissão que nos dê renda e estabilidade financeira pro resto da vida. Bacana. O problema é que essa história de passar a vida com um emprego que dá renda e não gostamos não é coisa de filme não, e nem de não se manter com um emprego 'alternativo' como fotografia, moda, gastronomia, produção cultural... Só porque são empregos diferentes da visão dos nossos pais e professores isso não quer dizer que eu não possa ter uma boa vida assim.
Tudo bem, eu posso até estar sendo sonhadora com isso, mas eu também sou cabeça dura porque eu me recuso a passar 4 anos estudando algo só pra que no futuro eu compre uma TV maior, um apartamento no melhor bairro, um carro de centenas de milhares de reais. Bom, mas pela mente da maioria, se eu somar tudo isso vai dar o mesmo tanto que custa minha felicidade, né?
.. ou não.
3 comentários:
Sofro do mesmo mal ao dizer que quero fazer jornalismo, sempre vem coma história de que nem de diploma precisa mais, que não tem futuro e blablabla. Acho que se vc faz o que gosta, obviamente será bom no que faz, e obterá sucesso sempre. Mesmo que não lhe dê muito dinheiro, a felicidade vale mto mais. Afinal, metade da população brasileira tem baixa renda e nem por isso temos uma populção depressiva, right?!
Ao contrário dos japas xD
eu sofri o mesmo preconceito quando disse aos meus familiares que queria fazer oceanografia, porque me diziam que eu ia morrer dentro de um navio sem familia ou trabalhar numa fazenda de ostra ganhando metade do que realmente eu necessito para sobreviver.. Assim, hoje eu até entendo o que ele quiseram dizer com isso porque realmente seguir uma profissão alternativa ou pouco reconhecida pode ser uma batalha árdua para quem acha que será um mar de rosas, se bem que mesmo escolhendo uma vocação "normal" é inevitável não haver mudanças em hábitos.. Enfim, o correto é que temos que tentar buscar algo que una o nossos ideais à nossa realidade tanto que eu retornei ao plano de seguir Direito todavia me especializando no ramo que eu quero seguir que é ligado ao ambiental e assim vai. Anyway, meu comentário ficou quase um post :p
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