16 setembro 2009

Estudar, pra quê?

Pois é, cá estamos, 4 alunos do sistema de ensino médio brasileiro tentando contar o "sufoco" que passamos todos os dias, resumidos em 7 horários de 50 minutos.Ninguém tá dizendo que estudar é chato, mas sim a obrigação carente de prazer pelo ato que se torna massante,chato e inútil. Sim, inútil, tendo em vista que a maior parte do que é ensinado no ensino médio será esquecido após o temido vestibular. Quem nunca se perguntou : "Por que tenho que estudar trigonometria se não quero ser engenheiro?" ou "Qual vai ser a utilidade de química orgânica no meu futuro curso de direito?"...É, tenho certeza de que todos nós já nos questionamos a respeito disso. Tanto é verdade, que o índice de evasão dos alunos nas escolas brasileiras é altíssimo, pois o aluno não vê o porquê de se estudar tudo aquilo.
A solução pra isso, entretando, o MEC parece ter descoberto. Discute-se um modelo de ensino em que a carga horária aumentaria, mas em compensação os alunos teriam a oportunidade de escolher suas matérias. Assim, eu, Júlia, não teria que estudar física já que quero ser publicitária, escolheria o que estudar,tudo relacionado ao meu futuro curso. Além disso, seriam adicionadas matérias interdiciplinares como teatro, dança e música. Já pensou?Que sonho!!! Este modelo vem sendo usado pelos países norte-americanos e tem dado certo, não?
Eu já fiz intercâmbio no Canadá e pude participar desse modelo de ensino. O conteúdo dado na matéria de matemática avançada é ensinado, aqui no Brasil, no primeiro ano, detalhe : matemática avançada é conteúdo de faculdade lá. E quanto a alguém que não vai prestar pra área de exatas, não tem matemática? Não, não é bem assim. Todos no Canadá tem a obrigação de saber matemática até um certo "nível", pra também não ser completamente alienado quanto a matéria. Se tal modelo fôsse aderido pelas escolas brasileiras, pessoas que assim como eu que tem dificuldade em química, não precisariam tê-la como matéria até o término do ensino médio, poderiam em vez disso estudar teatro, como eu faria por exemplo.
Espero que nossos políticos discutam com carinho essa reforma no nosso sistema de ensino, pois dessa maneira, seria muito divertido e prazeroso acordar todos os dias às 7h da manhã somente para ir à escola.




Quem sou eu? Meu nome é Júlia, de sobrenome Antunes. Me interesso pelas artes, faço ballet desde os 7 e hoje tenho 16. Não sou a melhor da minha sala, mas não deixo de ser esforçada. Acredito que não basta querer, é necessário fazer. Espero que gostem, nos vemos em breve ;)

Um comentário:

Thiago Campêlo disse...

Provavelmente, até tudo ser aprovado, a senhorita já vai ter saido do ensino médio. As coisas boas só acontecem para os outros, nunca para nós